O Instituto Butantan é um centro de pesquisa biomédica, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, responsável pela produção de mais de 93% do total de soros e vacinas produzidas no Brasil, entre elas, vacina contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e influenza sazonal e H1N1.
O Instituto desenvolve estudos e pesquisa básica na área de Biologia e de Biomedicina, relacionadas, direta ou indiretamente, com a saúde pública. Produz vacinas e soros para uso profilático e curativo. Realiza missões científicas no país e no exterior através da Organização Mundial e Panamericana da Saúde, Unicef e a ONU. Colabora no combate a surtos epidêmicos com órgãos da Secretaria da Saúde e do Ministério da Saúde
O Instituto Butantan oferece ao público a visita aos seus três museus:
Museu Biológico: O Museu Biológico é o primeiro museu do Instituto Butantan e está localizado em um edifício histórico, na antiga cocheira de imunização construída na década de 1920. Ele conta com uma exposição zoológica viva e permanente. Serpentes, aranhas e escorpiões podem ser vistos em recintos que recriam seu habitat natural. Além disso, outros animais como lagartos, peixes e insetos também fazem parte da exposição.
No Museu Biológico, grande parte dos animais são representantes da fauna brasileira e a exposição tem como objetivo apresentar animais vistos comumente como “assustadores” ou “nojentos” em seu contexto ambiental natural, ressaltando a importância dos diferentes organismos na manutenção dos ecossistemas. Além disso, painéis e placas trazem informações específicas sobre veneno e acidentes ocasionados por estes animais.
Museu Histórico: Criado em 1981, o Museu Histórico foi instalado na cocheira adaptada para abrigar o laboratório onde Vital Brasil desenvolveu suas primeiras pesquisas, experimentos e produção de soros. Tem como objetivo a pesquisa, a preservação e a divulgação da história da ciência e da saúde, especialmente do Instituto Butantan. A exposição apresenta piso e parede originais, instrumentos científicos, equipamentos, mobiliário, entre outros objetos que foram utilizados em diversas áreas do Instituto.
Museu de Microbiologia: Idealizado pelo Prof. Isaías Raw e concebido por pesquisadores da área da Imuno e Microbiologia, foi inaugurado em 2002 o Museu de Microbiologia (MMB), com auxílio da FAPESP/VITAE. Sua principal missão é estimular a curiosidade científica nos jovens, promover oportunidades para aproximar a cultura científica do público em geral por meio de suas exposições e ações educativas, bem como se constituir como importante espaço de divulgação de atividades desenvolvidas pelo Instituto Butantan.
Além dos 3 Museus é possível conhecer o Serpentário e o Macacário.
Serpentário: O serpentário é uma das atrações mais visitadas do Instituto. Ligado ao Laboratório de Ecologia e Evolução (LEEV) do Butantan, o espaço, construído em 1912 e inaugurado em 1914, permite a observação de serpentes da fauna brasileira em um ambiente semelhante ao habitat natural. Em seu espaço são desenvolvidas pesquisas sobre biodiversidade e conservação, além de atividades educativas.
Macacário: Os animais expostos no macacário do Butantan fazem parte de uma colônia de macacos Rhesus mantida pelo Instituto desde 1929. Esses primeiros animais, que deram origem à colônia atual, foram trazidos da Índia para serem utilizados em pesquisas para estudos sobre a febre amarela e para o desenvolvimento de uma vacina contra a doença. De acordo com relatório do cientista Lemos Monteiro, o Butantan encomendou 100 animais, dos quais 82 chegaram vivos ao porto de Santos. Em junho de 2019, quando ocorreu a inauguração do novo macacário, havia 67 animais na colônia, dos quais entre 15 e 20 podem ser observados por visitantes. Pensado para dar maior conforto aos animais, o novo recinto expositivo, de 236 metros quadrados, contém vegetação e rochas simuladas similares às encontradas no país de origem da colônia. Os macacos dispõem de um pequeno lago, balanços, pneus, troncos de árvore para escalar e diversos aparatos. Essa concepção teve por objetivo permitir que os animais expressem seus comportamentos inatos e suas habilidades naturais.